sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ufal recebe exposição do Théo Brandão

Até o dia 13 de novembro, quem for pesquisar na Biblioteca Central da UFAL vai encontrar figuras diferentes espalhadas pelo local. Uma exótica mulata brasileira, um vendedor de máscaras, figuras representando o pastoril e o guerreiro. São esculturas criadas por artistas consagrados no universo da cultura popular. Cada escultura ganhou intervenções que lhes conferem uma apresentação peculiar, revelando o olhar, a visão do artista que a concebeu. São olhares díspares e cúmplices, no sentido de dar o enfoque à arte popular.

Trata-se do projeto “Museu Vai à Rua”, o qual é uma exposição itinerante que vem percorrendo diversos pontos da cidade. A exposição teve início no calçadão da Jatiúca em 1º de março com o objetivo de dar visibilidade à criatividade dos artistas alagoanos. O projeto surgiu com a idéia de ampliar o espaço circunscrito das paredes do Museu Théo Brandão/UFAL, para divulgar a arte popular alagoana.

Além da praia de Jatiúca, as esculturas já foram à loja de decoração Ponto e Linha, à Faculdade Integrada Tiradentes (FITS), ao Restaurante Canto da Boca, ao Shopping Iguatemi, ao Palácio do Governo, ao Aeroporto, ao TRT e à Justiça Federal.

Participam da exposição os artistas Achiles Escobar, Aciole, Adriana Jardim, Agélio Novaes, Beto Normande, Dalton Costa, Deny Menezes, Gil Lopes, José Carlos, Lula Nogueira, Maria Amélia, Paulo Santo, Persivaldo Figueiroa, Renan Padilha, Rosivaldo Reis, Sales e Peró.

O estudante de Engenharia de Agrimensura Willian Beck foi um dos primeiros a visitar a exposição. “Este projeto é importante para que os estudantes conheçam o que está sendo produzido pelo Museu Théo Brandão. Além disso, a mostra pode despertar o interesse para estudos em áreas como Teatro, Comunicação e História”, disse o estudante.

Fonte: Primeira Edição - JC Online

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

"Queda" de Marta Caldas na Artadentro

A Galeria de arte contemporânea Artadentro, em Portugal, apresenta, no próximo dia 15 de Novembro, a primeira mostra individual de Marta Caldas, numa exposição de desenho intitulada “Queda” e que vai estar patente até dia 13 de Dezembro e de 20 a 31 de Janeiro do próximo ano. Marta Caldas estudou música, teatro e cinema. Entre 2001 e 2006 terminou o Plano de Estudos Completo do Ar.Co., em Lisboa, tendo simultaneamente frequentado o curso de História da Arte na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Encontra-se, atualmente, a completar o mestrado em Artes Visuais na Universidade de Évora, cidade onde vive. Participou em exposições coletivas e colaborou em projetos de artistas como Thierry Simões ou Armanda Duarte. Em “Queda” Marta Caldas inicia a obra pela adoção de um texto ou apenas a partir de uma palavra: queda. É esta palavra, rica de significados antagônicos e complementares, que inicia e integra a obra que proporciona à autora o ambiente de sentido capaz de desencadear a passagem ao desenho e de condicionar a sua realização.
A exposição pode ser visitada de terça a sábado das 15 às 19 horas.

Quem quiser mais informações, ou conhecer um pouco mais das obras e exposições da Artadentro, pode acessar o site:

http://www.artadentro.com/


Fonte: Região Sul/ Diário regional de Algarve; Portugal

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Voom Portraits

Está em exposição no Sesc Pinheiros a mostra "Voom Portraits", do renomado artista Robert Wilson. A exposição é constituída de vídeo-retratos em alta definição de artistas, celebridades e até animais, que são colocados em cenários com iluminação e vestuários específicos enquanto são filmados por Wilson.

Entre as celebridades, foram fotografados os atores Brad Pitt, Johnny Deep e Winona Wyder. O trabalho consiste em vídeos nos quais, por orientação e preparação do próprio Robert Wilson, as pessoas retratadas ficam imóveis, limitando-se a fazer apenas alguns movimentos, como por exemplo piscar ou mexer o pé. Além disso, cada vídeo é acompanhado por uma trilha sonora específica.

Na mostra, pode-se encontrar 11 retratos, sendo que um deles é uma projeção (o da atriz Winona Wyder) e um outro uma série de 9 retratos. A exposição começa hoje e vai até o dia 1º de fevereiro. O horário é das 10h às 21h de terça a sexta e das 10h às 18 aos sábados, domingos e feriados. A entrada é gratuita.


Winona Ryder, por Robert Wilson


Abaixo, o vídeo-retrato de Brad Pitt.


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Um artista com alma feminina

Até o dia 21 de dezembro, o acervo da Oficina Brennand, instalada na cidade do Recife, estará desfalcada de 63 obras. Mas não se trata de nenhum caso de dilapidação de patrimônio artístico. Muito diferente disso, o pernambucano Francisco Brennand estará compartilhando sua arte com os baianos, que terão a oportunidade de conferir seu traço na Caixa Cultural.Trata-se da mostra A Alma Gráfica: Brennand Desenhos, que tem abertura nesta segunda, 10, às 20 horas, para convidados e segue em cartaz, sempre de terça a domingo, com entrada franca. Com curadoria de Olívio Tavares, a exposição revela uma faceta menos conhecida do artista, que tem mais de 30 anos de carreira e é mundialmente aclamado por seu talento como escultor e ceramista.Em comum com as esculturas, os 59 desenhos expostos em Salvador têm a referência ao universo feminino e à sexualidade. Já o elemento trágico, que também é uma marca registrada de Brennand, aparece em tons mais amenos. “A tragédia não está onipresente e é menos intensa do que nas grandes peças tridimensionais”, explica o curador.
TRAÇO – A exposição reúne registros de naturezas diversas, desde o mais rudimentar esboço ou rabisco até composições cuidadosamente elaboradas, com direito a texturas requintadas. Em foco, tanto há flagrantes de cenas caras ao cotidiano de qualquer mulher, quanto imagens que parecem pinçadas do imaginário.Certa morbidez também salta dos desenhos de Francisco Brennand, que se vale da liberdade criativa e aposta numa linguagem expressionista, marcada por cores intensas e figuras deformadas por um quê de grotesco. Um traço forte indica que algumas obras passaram por longo tempo de maturação, ao passo que outras retratam a espontaneidade de algum momento. Mas nem o próprio criador ousa precisar o que lhe inspira. “O artista não é como o filósofo ou o cientista, aquele que descobre as coisas por pesquisas anteriores. O artista deve ser aquele que intui o mistério e logo coincide com o eixo do mundo, com o universo, ou como hoje se diz, com o cosmos”, registra ele em O Oráculo Contrariado, texto autobiográfico publicado em seu site oficial.
ESCULTURA – É claro que algumas representantes da escultura de Brennand não poderiam deixar de fazer parte da mostra. Por isso, o público poderá ver de perto quatro dessas peças, que fazem parte do acervo da velha Cerâmica São João da Várzea, fundada pelo pai do artista em 1917 e reformada por ele em 1971.O local, que o artista prefere chamar de “oficina”, abriga um gigantesco projeto de esculturas que ocupa nada menos do que 15 mil metros quadrados. Para que o público compreenda a grandiosidade do projeto, a exposição também traz fotografias do ateliê e os visitantes da mostra terão à sua disposição um catálogo com texto do biógrafo Weydson Barros.
RECONHECIMENTO – Apontado como o maior escultor vivo do Brasil e um dos mais importantes do mundo, Francisco Brennand afirma que tais títulos o surpreendem. “Com o tempo, pela dimensão da minha obra cerâmica, sobretudo das esculturas, estou sendo reconhecido mais propriamente como escultor do que como pintor, o que não deixa de me causar espanto”, afirma, também em O Oráculo Contrariado. “Talvez por um motivo subjetivo, não me reconheço como escultor. Ainda insisto em atribuir esse ofício àquele que retira a forma da matéria dura”, continua Brennand, que faz uma comparação curiosa entre as diferentes técnicas que utiliza para dar forma a sua arte. Quando eu pinto, sou um artista ocidental. Quando faço cerâmica, não tenho pátria; minha pátria é o abismo pelo qual vou resvalando sem saber o que encontrarei no fundo”, anota.
TRAJETÓRIA –Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand nasceu em 1927, no Recife, e logo se interessou pela pintura. Não demorou para ganhar destaque nos Salões do Museu do Estado de Pernambuco, que lhe renderam um primeiro prêmio em 1947. O artista participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, tanto no Brasil quanto no exterior. Sua história chegou a inspirar outras linguagens artísticas. Em 1977, o cineasta Fernando Monteiro dirigiu o curta-metragem Brennand: Sumário da Oficina pelo Artista. Em 1980, um segundo trabalho cinematográfico sobre sua oficina foi dirigido por Jayme Monjardim. Em seguida, Jeneton Moraes e Guel Arraes produziram o filme Um Sonho Bárbaro – Francisco Brennand.


Fonte: A TARDE online
http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=1004543

domingo, 9 de novembro de 2008

Os embrulhadores

Na arte contemporânea, não é difícil encontrar artistas que se expressam artisticamente de formas, digamos, pouco convencionais. E é exatamente isso o que chama a atenção para seus trabalhos. Além disso, outros apostam também na inovação no que diz respeito à produção e à forma como fazem da arte seu trabalho, sua fonte de renda.

Nesse cenário se encaixa perfeitamente o casal de artistas Christo e Jeanne-Claude. Os franceses são conhecidos por “embrulhar coisas”. No início, Christo embrulhava pequenos objetos, que eram vendidos e participavam de exposições. Depois, junto com Jeanne-Claude, o trabalho foi se desenvolvendo até chegar em alguns embrulhos um tanto quanto inesperados. Eles já embrulharam fontes, torres e outros tipos de construções e locais.

Os trabalhos que mais chamam a atenção são o Reichstag, em Berlim, a Pont Neuf, em Paris, a costa em Little Bay, na Austrália e as ilhas cercadas em Miami. O propósito de embrulhar as coisas é fazer intervenções no ambiente, chamando a atenção para coisas que fazem parte da paisagem mas que às vezes nem percebemos ou simplesmente se tornam comuns. Outras intervenções interessantes são os embrulhos das árvores, a cortina num vale em Colorado, no Estados Unidos e os portões no Central Park, em Nova York.

O interessante é a forma como eles ganham por esses trabalhos. O dinheiro vem da venda dos projetos documentados desses grandes embrulhos e de trabalhos mais antigos. Assim, eles não se importam que as pessoas tirem fotos e não pedem nenhum tipo de valor em direitos autorais por isso. Além disso, a execução dos embrulhos é feita por voluntários, que se propõem a participar dos projetos apenas pela arte.

Abaixo seguem algumas fotos dos incríveis trabalhos de Christo e Jeanne-Claude.

Christo and Jeanne-Claude

Wrapped Reichstag, Berlin 1971-95

Photo: Wolfgang Volz

©1995 Christo



Christo and Jeanne-Claude

The Pont Neuf Wrapped, Paris 1975-85

Photo: Wolfgang Volz

©1985 Christo

Christo and Jeanne-Claude

Surrounded Islands, Miami, Florida 1980-83

Photo: Wolfgang Volz

©1983 Christo

Mais informações no site http://www.christojeanneclaude.net/index.shtml .